TIREI ESTE TEXTO DO BLOG "O MUNDINHO DA CRIANÇA" PARA EMBASAR UM POUCO DA HISTORIA QUE VOU SUGERIR PARA TRABALHAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL É A HISTÓRIA DE Ilan Brenman com as ilustrações de Maria Eugênia DA COLEÇÃO DO RÉ MI, ISSO NÃO É BRINQUEDO. MAS PARA ENTENDER UM POUCO DO MUNDO INFANTIL, O MUNDO IMAGINÁRIO QUE AS VEZES PAIS E PROFESSORES REPRENDEM VAMOS AO TEXTO.
O jogo simbólico é a representação corporal do imaginário, e apesar de nele predominar a fantasia, a atividade psico-motora exercida acaba por prender a criança à realidade. Na sua imaginação ela pode modificar sua vontade, usando o "faz de conta", mas quando expressa corporalmente as atividades, ela precisa respeitar a realidade concreta e as relações do mundo real. Por essa via, quando a criança estiver mais velha, é possível estimular a diminuição da atividade centrada em si própria, para que ela vá adquirindo uma socialização crescente. As características dos jogos simbólicos são:
- liberdade de regras (menos as criadas pela
criança);
- desenvolvimento da imaginação e da fantasia;
- ausência de objetivo explícito ou consciente
para a criança;
- lógica própria com a realidade;
- assimilação da realidade ao "eu".
No jogo simbólico a
criança sofre modificações, a medida que vai progredindo em seu desenvolvimento
rumo à intuição e à operação. E finalmente, numa tendência imitativa, a criança
busca coerência com a realidade.
Na pré-escola, o
raciocínio lógico ainda não é suficiente para que ela dê explicações coerentes
a respeito de certas coisas. O poder de fantasiar ainda prepondera sobre o
poder de explicar. Então, pelo jogo simbólico, a criança exercita não só sua capacidade de pensar ou seja, representar
simbolicamente suas ações, mas também, suas
habilidades motoras, já que salta, corre, gira, transporta, rola, empurra, etc. Assim é que
se transforma em pai/mãe para seus bonecos ou diz que uma cadeira é um trem.
Didaticamente devemos explorar com muita ênfase as imitações sem modelo, as
dramatizações, os desenhos e pinturas, o faz de conta, a linguagem, e muito
mais, permitir que realizem os jogos simbólicos, sozinhas e com outras
crianças, tão importantes para seu desenvolvimento cognitivo e para o
equilíbrio emocional.
Piaget descreve quatro estruturas básicas de jogos infantis, que vão se sucedendo e se sobrepondo nesta ordem:
Jogo de exercício, Jogo
simbólico/dramático, Jogo de construção, Jogo de regras.
A importância do jogo de regras, é que quando a criança aprende a lidar com a delimitação, no espaço, no tempo, no tipo de atividade válida, o que pode e o que não pode fazer, garante-se uma certa regularidade que organiza a ação tornando-a orgânica.
A importância do jogo de regras, é que quando a criança aprende a lidar com a delimitação, no espaço, no tempo, no tipo de atividade válida, o que pode e o que não pode fazer, garante-se uma certa regularidade que organiza a ação tornando-a orgânica.
O valor do conteúdo de um jogo deve ser considerado
em relação ao estágio de desenvolvimento em que se encontra a criança, isto é,
como a criança adquire conhecimento e raciocina.
Referência Bibliográfica:
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1990. 3a edição
Site: www.centrorefeducacional.com.br
PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1990. 3a edição
Site: www.centrorefeducacional.com.br
AGORA A HISTÓRIA...
HISTÓRIA: ISSO NÃO É BRINQUEDO (Ilan Brenman) ilustração de Maria Eugênia
Coleção
DO RÉ MI
VOCÊS ENTENDEM SEUS
PAIS?
EU NÃO ENTENDO MUITO
BEM OS MEUS.
SEI QUE ELES ME AMAM E EU TAMBÉM OS AMO.
MAS NOS ÚLTIMOS
TEMPOS, ELES NÃO PARAM DE REPETIR:
- LILICA, ISSO NÃO É
BRINQUEDO!
UM
DIA PEGUEI UM BALDE NA ÁREA DE LIMPEZA, MINHA MÃE FOI LOGO FALANDO: - LILICA, ISSO NÃO É BRINQUEDO!
ELA
NÃO ENTENDE NADA!... PRA MIM, AQUILO ERA UMA CESTA MÁGICA!
OUTRO DIA, ABRI UMA GAVETA DA COZINHA E
TIREI UM COADOR MEU PAI FOI LOGO
DIZENDO: - LILICA, ISSO NÃO É BRINQUEDO!
ELE
NÃO SABE DE NADA! PRA MIM AQUILO ERA UM
CHAPÉU COM FURINHOS PARA O CABELO RESPIRAR.
NO MEU ANIVERSÁRIO, GANHEI UMA
CAIXA ENORME. MEUS PAIS ABRIRAM O PRESENTE E RETIRARAM UMA BONECA GRANDE. NÃO
DEI BOLA PARA A BONECA. FUI LOGO BRINCAR COM A CAIXA DE PRESENTE. ENTÃO, OUVI
OS DOIS, MEU PAI E MINHA MÃE, REPETINDO:
-
LILICA, ISSO NÃO É BRINQUEDO!
COMO NÃO?! A CAIXA ERA
GRANDE E COM MUITOS LADOS. FIQUEI UM TEMPÃO EXPLORANDO OS MISTÉRIOS DA CAIXA. MEUS
PAIS OLHARAM PARA A BONECA E NÃO ENTENDIAM NADA.
NO DOMINGO FOMOS PASSEAR
NO PARQUE. ENCONTREI NO CHÃO UMA VARINHA DE CONDÃO. E É CLARO QUE MEUS PAIS GRITARAM:
- LILICA, ISSO NÃO É
BRINQUEDO!
PARA MIM TUDO, TUDO,
TUDO ...É BRINQUEDO!
O SAPATO DO PAPAI É UM
FAZEDOR DE CHULÉ.
O BATOM DA MAMÃE É UM
FAZEDOR DE BOCA. E A CAMA DELES É UM FAZEDOR DE PULOS.
NA Capa do livro o
dizer “ Chegamos assim à primeira das características fundamentais do jogo: o fato de ser livre, de ser ele
próprio liberdade”. Johan Huizinga.
Essa história dá
muitas possibilidades de brincadeiras, atividades e jogos simbólicos... e
sabe-se da importância do faz de conta no desenvolvimento e na aprendizagem da
criança.
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